segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Os novos desafios da tecnologia em sala de aula.

As novas tecnologias estão ai no nosso dia a dia. como formadores de opiniao e carater , temos que estar sempre conctados nesse ambiente virtual. ainda temos muito que aprender.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Introdução
A educação que desejamos.

Pesquisa do (INEP) mostra que a escola, a partir do 5 ano, fica fragmentada os alunos perdem o interesse os conteúdos e as disciplinas estão soltas , falam de assuntos sem ligação com a realidade dos alunos. Professores estão desmotivados. A infraestrutura está comprometida.
   No ensino superior , metade dos alunos não termina seu cursoe não se formam. 
   A escola vive uma realidade e um papel dramático. Apesar dos avanços reais no Brasil, estamos distantes de uma educação de qualidade.
   A educação e a consciência e ação política é estratégica de todos nossos governantes.
   A sociedade evolui mais do que a escola e sem mudanças profundas. Não basta colocar os alunos na escola. Temos de oferecer-lhes uma educação instigadora, estimulante, provocativa, dinâmica ativa desde o começo e em todos os níveis de ensino.
   A educação precisa de mudanças estruturais. Um estudante que termina uma faculdade dedicou a aprendizagem mais de 20 mil horas.E incrível que , depois de tantos anos de aprendizagem muitos alunos não sabem interpretar textos, não conseguem entender as mudanças do mundo que vivem.
   Escolas não conectadas são escolas incompletas( mesmo quando didaticamente avançadas). Alunos sem acesso contínuo as redes digitais estão excluídos de uma parte importante da aprendizagem atual.
   A sociedade está caminhando para ser uma sociedade que aprende de novas maneiras.  
   A educação escolar precisa, cada vez mais, ajudar todos a aprender de forma mais integral humana, afetiva e ética, intregando o individual e o social, os diversos ritmos , métodos, tecnologias , para construir cidadãos plenos em todas as dimensões.

Por José Manuel Moran

 Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
Publicado na revista Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro, vol. 23, n.126, setembro-outubro 1995, p. 24-26
jmmoran@usp.br



Tecnologias na educação

As tecnologias de comunicação não mudam necessariamente a relação pedagógica. As Tecnologias tanto servem para reforçar uma visão conservadora, individualista como uma visão progressista. A pessoa autoritária utilizará o computador para reforçar ainda mais o seu controle sobre os outros. Por outro lado, uma mente aberta, interativa, participativa encontrará nas tecnologias ferramentas maravilhosas de ampliar a interação.

As tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções. A tarefa de passar informações pode ser deixada aos bancos de dados, livros, vídeos, programas em CD. O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante. Num segundo momento, coordena o processo de apresentação dos resultados pelos alunos. Depois, questiona alguns dos dados apresentados, contextualiza os resultados, os adapta à realidade dos alunos, questiona os dados apresentados. Transforma informação em conhecimento e conhecimento em saber, em vida, em sabedoria -o conhecimento com ética.

As tecnologias permitem um novo encantamento na escola, ao abrir suas paredes e possibilitar que alunos conversem e pesquisem com outros alunos da mesma cidade, país ou do exterior, no seu próprio ritmo. O mesmo acontece com os professores. Os trabalhos de pesquisa podem ser compartilhados por outros alunos e divulgados instantaneamente na rede para quem quiser.Alunos e professores encontram inúmeras bibliotecas eletrônicas, revistas on line, com muitos textos, imagens e sons, que facilitam a tarefa de preparar as aulas, fazer trabalhos de pesquisa e ter materiais atraentes para apresentação. O professor pode estar mais próximo do aluno. Pode receber mensagens com dúvidas, pode passar informações complementares para determinados alunos. Pode adaptar a sua aula para o ritmo de cada aluno.Pode procurar ajuda em outros colegas sobre problemas que surgem, novos programas para a sua área de conhecimento. O processo de ensino-aprendizagem pode ganhar assim um dinamismo, inovação e poder de comunicação inusitados.

O re-encantamento, em fim, não reside principalmente nas tecnologias cada vez mais sedutoras mas em nós mesmos, na capacidade em tornar-nos pessoas plenas, num mundo em grandes mudanças e que nos solicita a um consumismo devorador e pernicioso. É maravilhoso crescer, evoluir, comunicar-se plenamente com tantas tecnologias de apoio. É frustrante, por outro lado, constatar que muitos só utilizam essas tecnologias nas suas dimensões mais superficiais, alienantes ou autoritárias. O re-encantamento, em grande parte, vai depender de nós.

Bibliografia:

- GARDNER, Howard. As estruturas da mente. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1994.

- MORAN, José Manuel. Interferências dos Meios de Comunicação no nosso Conhecimento. INTERCOM Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo, XVII (2):38-49, julho-dezembro 1994.

- NEGROPONTE, Nicholas. A vida digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

- POSTMAN, Neil. Tecnopólio; A rendição da cultura à tecnologia. São Paulo: Nobel, 1994.

-RECODER, Maria-José et alii. Informação Eletrônica e Novas Tecnologias. São Paulo: Summus, 1995. 
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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

        Tecnologia no Ensino Fundamental
                O papel da tecnologia no ensino
                        e na sala de aula
*
O papel da tecnologia, em nossas salas de aula,
é o de oferecer suporte ao novo paradigma de ensino
Isto é, o papel da tecnologia – e seu único papel – deveria ser o de
apoiar os alunos no processo de ensinarem a si mesmos (obviamente
com a orientação de seus professores).
A tecnologia não apoia – nem pode apoiar – a velha pedagogia do
professor que fala/palestra, exceto em formas mínimas, tais como através
da utilização de imagens ou vídeos. Na verdade, quando os professores
usam o velho paradigma de
exposição, ao adicionarem e ela a tecnologia,ela com muito mais frequência do que o desejado se torna um empecilho.

Novas ferramentas para os alunos
Um motivo para que a pedagogia – alunos ensinarem a si mesmos –
nunca tenha sido bem-sucedida como abordagem principal – embora
tenha muitos defensores, especialmente desde Dewey e provavelmente
desde Sócrates – está relacionado com o fato de as ferramentas
(disponíveis para que os aprendizes as usem) simplesmente não serem
boas o suficiente. Até muito recentemente, para se educar, as crianças,
utilizavam-se livros, textos, enciclopédias (quando tinham uma),
bibliotecas (se havia uma disponível e se ela era boa) e algumas perguntas
dirigidas a um professor já sobrecarregado. Isso costumava funcionar
para alguns alunos brilhantes, mas não para a maioria.
A tecnologia atual, no entanto, oferece aos alunos todos os tipos de
ferramentas novas e altamente eficientes para que possam aprender
sozinhos – desde a internet com todo tipo de informação para procurar
e ferramentas de busca para descobrir o que é verdadeiro e relevante, até
ferramentas de análise que permitem dar sentido à informação, a
ferramentas de criação que trazem resultados de busca em uma variedade
de mídias, ferramentas sociais que permitem a formação de redes sociais
de relacionamento e até de trabalho de modo a colaborar com pessoas
do mundo inteiro. E enquanto o professor poderia e deveria ser um
guia, a maior parte dessas ferramentas é usada pelos alunos com melhor
desenvoltura, e não, pelos professores.
Marc Prensky. v. 15, n. 2, maio/ago. 2010
203
e ferramentas de busca para descobrir o que é verdadeiro e relevante, até
ferramentas de análise que permitem dar sentido à informação, a
ferramentas de criação que trazem resultados de busca em uma variedade
de mídias, ferramentas sociais que permitem a formação de redes sociais
de relacionamento e até de trabalho de modo a colaborar com pessoas
do mundo inteiro. E enquanto o professor poderia e deveria ser um
guia, a maior parte dessas ferramentas é usada pelos alunos com melhor
desenvoltura, e não, pelos professores.
A partir dessa perspectiva, várias coisas, anteriormente complicadas
de entender, começam a ficar mais claras:

• Algumas instituições escolares aderiram à tecnologia (e. g. distribuindo
laptops
para todos os alunos), mas chegaram à conclusão de que a
tecnologia não estava ajudando a aprendizagem dos alunos e, assim,
retiraram-na das salas de aula (“
Seeing no Progress, Some Schools Drop
Laptops
1 The New York Times, 4 maio, 2007). Isso agora faz sentido:
houve uma falha ao se tentar fazer com que os professores inicialmente
mudassem seu jeito de ensinar.

• Muitos professores resistem ao fato de terem que ser ensinados a usar
a tecnologia. Isso também faz sentido. Os professores devem resistir,
pois não são eles que deveriam estar usando a tecnologia para ensinar
seus alunos. Pelo contrário, os alunos é que deveriam a estar usando,
como ferramenta para ensinar a si mesmos. O papel do professor não é
tecnológico, mas intelectual, fornecendo aos alunos contexto,
assegurando qualidade e ajuda individualizada. (É claro que os
professores que adoram tecnologia devem se sentir livres e à vontade
para aprender e para usá-la).

• Os alunos rotineiramente
abusam (a partir do ponto de vista dos
professores) da tecnologia em aula, usando-a como um professor a
descreve como “a nova bolinha de papel”.
2 Isso, também, faz sentido,
os alunos têm à sua disposição ferramentas poderosas de aprendizagem
as quais sequer têm oportunidade de aprender a usar.
Alunos do mundo inteiro resistem, com todas as suas forças, ao
velho paradigma do professor que “fala e expõe”. Enquanto os professores
proferem suas palestras em sala de aula, esses alunos simplesmente baixam
a cabeça, enviam mensagens de texto para seus amigos e, em geral, param
de escutar. Entretanto, esses mesmos alunos estão ansiosos por usar o
tempo de aula para aprender por conta própria, exatamente como eles
fazem quando saem da escola e usam suas tecnologias para aprender por
si mesmos qualquer coisa que lhes interesse. Depoimentos de alunos,
de algumas escolas e de alguns professores têm nos dito que: sim, a nova
pedagogia funciona.
Portanto, antes de introduzirmos a tecnologia de forma bemsucedida
em nossas escolas, precisamos dar um passo inicial. Precisamos
trabalhar com nossos professores e convencê-los – por mais difícil que
isso possa ser em alguns casos – a pararem de palestrar e a começarem a
permitir que seus alunos aprendam por si mesmos. Em vez de virem
para a aula com planos de aula que digam: “Aqui temos três causas
principais de [qualquer coisa]. Por favor, façam suas anotações...!”, os
professores precisam começar a dizer: “Existem três causas principais
para [qualquer coisa]. Vocês têm 15 minutos para usar suas tecnologias
e descobrir quais são e, depois, vamos discutir o que vocês encontraram.”
Se conseguirmos concordar que o papel da tecnologia nas nossas
salas de aula é o de apoiar a
nova
pedagogia a partir da qual os alunos
ensinam a si mesmos com a orientação do professor, então poderemos
nos movimentar muito mais rapidamente pela estrada que leva à obtenção
dessa meta. No entanto, se cada pessoa continuar a falar sobre o papel
da tecnologia de forma diferente, isso vai levar muito mais tempo para
acontecer.
Estou falando de um esforço maior, do qual espero contar com
outros pensadores da área da educação para compartilhar e padronizar
uma linguagem pedagógica ao redor da tecnologia, de tal forma que
todos consigamos trabalhar em direção às mesmas metas, e que todos
possamos solicitar as mesmas coisas a nossos professores e alunos. Não
estou dizendo que minhas palavras sejam necessariamente as corretas
ou as melhores; mas, se tivermos que provocar as mudanças que
pretendemos dentro de uma mesma linha de tempo, é absolutamente
fundamental que todos falemos a mesma linguagem.

Reterencias bibliografica:http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/viewFile/335/289